LEER EN ESPAÑOL

“Nosso maior desafio continua sendo a expansão do conhecimento neuromuscular”

Quando a primeira Escola de Verão Euro-Latino-Americana de Miologia (EVELAM) foi realizada na América Latina em 2008, entre os promotores da iniciativa estava o neurologista Dr. Edmar Zanoteli, do Brasil, com quem conversamos nesta ocasião. Dr. Zanoteli possui vasta experiência no diagnóstico e tratamento de doenças neuromusculares, bem como no estudo dos mecanismos envolvidos na atrofia e hipertrofia muscular e na utilização de modelos animais para estudar a fisiopatologia das doenças neuromusculares.

Estudou Medicina pela Universidade Federal do Espírito Santo (1990). Para dar continuidade à sua formação, fez residência em Neurologia pela Universidade Federal de São Paulo, Mestrado em Neurologia pela Universidade Federal de São Paulo (1996), e Doutorado na Universidade Federal de São Paulo (2000). Posteriormente, realizou pós-doutorado no Departamento de Biologia e Células Tumorais do St Jude Childrens Research Hospital, Memphis, TN, USA. Atualmente é professor do Departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e chefe do Grupo de Miopatia do Hospital das Clínicas de São Paulo (FMUSP)

  • Quais são, na sua opinião, as malhores contribuições da EVELAM na área da Medicina desde 2008 até agora?

Destaco principalmente a divulgação na América Latina do conhecimento mais atual sobre diagnóstico e tratamento das principais doenças neuromusculares, além de despertar o interesse de diversos colegas especialistas em Neurologia na área de miopatias.

  • Como você avalia hoje o que foi alcançado na última EVELAM?

Houve progresso significativo no número de participantes, demonstrando aumento do interesse dos colegas médicos pela área de doenças neuromusculares. Também aumentou o interesse da indústria em apoiar o evento.

  • Considerando esta experiência, quais seriam, na sua opinião, os principais desafios da EVELAM no presente e onde deverá concentrar-se o trabalho da EVELAM no futuro?

O maior desafio continua sendo a expansão do conhecimento neuromuscular para outras regiões da América Latina que ainda não foram contempladas por eventos locais. Penso que no futuro eventos em outros países deverão ser incentivados. Outro desafio para o futuro é discutir como a EVELAM poderia ajudar nas decisões regulatórias sobre o acesso a novas terapias em diferentes países.

  • Finalmente, no seu caso particular o que o motivou a tornar-se parte ativa da EVELAM?

O que mais me motivou foi a possibilidade de trocar experiências práticas sobre diagnóstico e tratamento de doenças neuromusculares com colegas de diversas regiões da América Latina, bem como ter a oportunidade de conhecer a realidade médica de diferentes regiões.